quinta-feira, 6 de novembro de 2014

8 TEMAS POSSÍVEIS NA REDAÇÃO DO ENEM 2014

nota da redação do Enem 2014 tem um peso enorme na sua média final e, por isso, a preparação para a mesma deve acontecer ao longo do ano. É importante saber que o Enem sempre vai escolher um tema de relevância nacional e esperar uma intervenção por parte do aluno. A professora Andrea Provasi, do Cursinho da Poli, em São Paulo, ajudou a listar 8 temas de atualidades que podem ser cobrados. Veja quais são eles:      
Redação Enem 2014: Papel da mulher no século XXI
Por se tratar de um tema social, o papel da mulher no século XXI é aposta de professores como tema da redação do Enem e de outros vestibulares há algum tempo. “A mulher está mostrando um protagonismo como atora social, principalmente nas posições políticas, e esse tema ainda não foi cobrado”, comentou a professora. Ainda para a professora, esse tema apresenta uma necessidade de discussão social e “esse tema pode ser articulado com algo como os progressos na sociedade e o problema de que a mulher ainda tem que enfrentar alguns problemas comuns no cotidiano”.
Redação Enem 2014: Os “justiceiros” 
Recentemente, observamos no País casos de pessoas que tomaram a justiça para suas próprias mãos. No dia 3 de maio, a dona de casa Fabiane Maria de Jesus foi linchada até a morte por moradores do Guarujá que acreditaram que ela sequestrava crianças. Episódios como esse que tiveram grande repercussão de mídia fazem dos “justiceiros” um possível tema pra a redação
“Acredito que as redes sociais, o papel da mídia e o processo de convocar as pessoas para fazerem justiça com as próprias mãos e afirmarem que o Estado não está presente é uma forma de o Enem tratar o assunto”, disse a professora. “O problema é que essa repercussão faz com que o estudante tenha uma argumentação falha e baseada no senso comum”, completou, destacando que o aluno deve estar bem informado para que o seu texto fuja do pensamento em massa.
Redação Enem 2014: Redes sociais x Direitos Humanos
Outra característica marcante do Enem é o fato de que o exame sempre vai buscar assuntos próximos do cotidiano dos estudantes e não há como negar que as redes sociais estão sempre presentes na vida desses candidatos. A discussão que poderia ser levantada na redação é a questão da privacidade e os limites que englobam as redes sociais com foco nos Direitos Humanos. Segundo a professora, “seria interessante que o jovem estivesse bem informado sobre o Marco Civil da Internet, marco que não foi muito divulgado e que aborda como a neutralidade da rede, o armazenamento de dado e o sigilo só poderiam ser quebrados judicialmente”. Ainda para ela, os estudantes não estão preparados para falar sobre o tema.
Redação Enem 2014: O Futebol
Com os eventos esportivos que acontecem no Brasil em 2014, o futebol torna-se um candidato forte para a redação do Enem. Para a professora Andrea, existem diversas formas de abordar o tema como a sua dimensão cultural e histórica e o futebol como representante de uma sociedade democrática. Outra forma de abordar o tema seria a relação entre o futebol nos dias atuais e o mesmo esporte na ditadura militar. Com os 50 anos do Golpe Militar de 64, a professora acredita que “existe muita possibilidade de que essa relação seja feita. Seria pensar o futebol como método de alienação e o posicionamento das pessoas quanto ao mesmo”. 
Redação Enem 2014: Escassez de água
O Enem também apresenta uma forte preocupação com o meio ambiente. Em 2014, o País está sofrendo com problemas relacionados à escassez de água. Em São Paulo, especialistas se preocupam com o nível das reservas do Cantareira e dizem que no cenário mais otimista essa reserva se esgotará em outubro. “O Enem pode esperar que o candidato relacione o meio ambiente com as políticas públicas que pensem no bem estar do cidadão”, comentou a professora. “O Enem vai trabalhar com uma proposta de intervenção, por isso é importante que os jovens estejam informados sobre o que pode ser feito para amenizar o problema e as discussões que envolvem a utilização do volume morto das respostas, assim como os problemas relacionados à economia”, completou.
Redação Enem 2014: Campanhas de Vacinação
Recentemente, foram lançadas Campanhas de Vacinação para meninas de 13 anos contra o HPV. Essas vacinas geraram problemas envolvendo o preconceito que ainda existe sobre as campanhas de prevenção e a sexualidade em si. “Este é um tema interessante por ser de saúde pública e o Enem trabalha bastante as questões sobre a sexualidade. É importante refletir sobre as políticas públicas de prevenção às DSTs e encarar esse tema de uma forma ampla”, afirmou a professora.
Redação Enem 2014: Racismo
racismo na sociedade brasileira é uma das grandes apostas da professora para a redação do Enem 2014. “Eu acredito que o tema possa cair por vivermos em uma democracia racial que é uma grande falácia, e isso pode aparecer com alguma alusão ao sistema de cotas”, comentou. A professora de redação ainda acredita que o tema pode ser relacionado ao futebol e à formação de identidade devido aos acontecimentos recentes com o jogador Daniel Alves, que foi atingido por uma banana em uma partida.
Redação Enem 2014: O Brasil diante dos estrangeiros
O Brasil vai receber um grande número de estrangeiros neste ano devido aos eventos esportivos. Diante disso, a professora também aposta em um tema relacionado à imagem dos brasileiros para esses viajantes. “Como brasileiro quis se mostrar e como ele se mostrou? Qual é a cara do Brasil? O Enem pode cobrar essa relação e o encontro de culturas que acontece em 2014”, concluiu a professora Andrea.


Entenda o que é uma proposta de redação

Saber trabalhar a proposta de redação pode ser bastante complexo para alguns alunos e, por vezes, se torna a razão para que ele considere a dissertação um pesadelo. Por isso, conversamos com a professora de redação Andrea Lanzara do Cursinho da Poli, de São Paulo, e e ela esclareceu qual é a melhor maneira de lidar com a proposta.
Mas, primeiro, qual é a função de uma proposta de redação? A professora Andrea explica da seguinte forma: “A proposta de redação vai faz um recorte, especifica sobre o que o aluno vai falar. Além de tudo, é na proposta de redação que o aluno lê os textos motivadores, que não devem ser copiados.”

Inclusive, os textos motivadores são os principais aliados dos estudantes para compreender sobre o que eles devem dissertar desde que eles os utilizem da seguinte forma:

1 – Ler atentamente

2 – Identificar quais são as ideias principais de cada um

3 – Refletir sobre o tema a partir dessas ideias

4 – Posicionar-se diante do tema

5 – Pensar em exemplos próprios e outros artifícios que o ajudem a argumentar

6 – Escrever a dissertação

Segundo a professora, os maiores erros dos alunos estão justamente na maneira como eles abordam a proposta de redação. Fugir do tema é muito comum, sobretudo se o aluno não desenvolver um plano de texto enquanto reflete sobre o tema. Portanto, antes de entregar a redação, tenha certeza de que seu texto respeitou o recorte temático proposto pelo Enem.

Dessa forma, assim que você receber a proposta de redação, leia atentamente e identifique sobre o que você deve dissertar. Tomando esse simples cuidado você já está garantindo um melhor desempenho na redação do Enem deste ano.
 
 
 
Entenda as competências cobradas na redação do Enem
Tirar nota 1.000 na redação é o maior desejo de muito vestibulando. Por isso, para que você compreenda a maneira que sua redação será avaliada e saiba o que você deve fazer na hora da prova para atingir esse objetivo, confira quais são as competências cobradas no Enem:
Competência 1: Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita

Na sua redação, você deve ser objetivo e claro utilizando vocabulário variado. Além disso, você não pode escrever usando marcas da oralidade, como gírias, afinal o avaliador analisará se você sabe distinguir os registros formal e informal.


Competência 2: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento, para desenvolver o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo

É nesse momento que o avaliador verá a qualidade da sua leitura porque para aqueles que leem bem, torna-se fácil escrever dentro dos requisitos da proposta da redação. Avaliando essa competência, o corretor também perceberá sua bagagem cultural, já que você exibirá nos seus argumentos exemplos da sua vida, seja experiências pessoais, seja livros e filmes com os quais você cruzou ao longo dos seus anos. Para ter uma boa avaliação nesse quesito, deixe clara a tese que você quer defender e utilize argumentos fortes, isto é, que de fato provem o seu ponto de vista. Atente também ao uso que você fará dos textos motivadores. Estes devem servir apenas como inspiração para seu texto, ou seja, não os copiem. Desenvolva suas próprias ideias.


Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista 

A relação entre as competências 2 e 3 é inegável, já que esta última atenta ao seu conhecimento de mundo e como você o usou na sua redação.. Sobre isso, a professora de redação Andrea Lanzara, do Cursinho da Poli, em São Paulo, comenta: “a competência 2, que é a compreensão da proposta, e a competência 3, que vai selecionar, organizar, interpretar os fatos e opiniões em defesa de um ponto de vista cobram o modo como o aluno leu a proposta de redação.”. É também observado pelo avaliador, baseando-se na competência 3, a coerência do seu texto e se o leitor consegue compreendê-lo facilmente.


Competência 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação 

O candidato soube encadear bem suas ideias?” É esta a pergunta que o avaliador fará ao ler sua redação. Em outras palavras, você deve se preocupar se usou adequadamente as conjunções e preposições para conectar suas sentenças e parágrafos, se estes estão bem estruturados e se seu texto, de maneira geral, tem sua sequência lógica.


Competência 5: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos

Geralmente, a proposta de redação propõe ao estudante um problema e, por isso, pede que você sugira uma solução. No entanto, mais do que viável, sua resolução deve respeitar a cidadania, liberdade e diversidade cultural, além de ser solidária. Detalhe sua proposta de solução e confira se ela é coerente.
 
 
 Interpretação de textos com editoriais de jornais
Uma das características do Enem é utilizar diversos textos em suas perguntas, como notícias e trechos de livros. Portanto, para que o aluno se saia bem na prova, é essencial que ele saiba interpretar bem os fragmentos. Mas, como melhorar essa habilidade?
Segundo o professor Tiago Cruz, do Cursinho da Poli, os editoriais de jornais são uma ótima fonte para quem quer treinar a interpretação de textos. “Ler notícias é ótimo para se manter atualizado, mas para melhorar a interpretação o ideal é pegar os editoriais”, afirmou o professor. Isso porque, segundo ele, esse tipo de texto não é assinado, mas mesmo assim transmite a opinião do autor, e identificá-la é uma ótima maneira de exercitar a compreensão.
A seguir confira um passo a passo para tornar a leitura dos editoriais mais eficiente:    
1 – Busque objetivos
O editorial é um texto sem assinatura, mas que transmite a opinião do seu autor e do veículo no qual foi publicado. Portanto, é importante que você leia o editorial já buscando identificar os objetivos do autor, ou seja, qual é a opinião que ele buscou transmitir.

2 – Grife a argumentação
Segundo o professor Cruz, a argumentação central do autor se encontra geralmente entre o segundo e o penúltimo parágrafo, portanto tenha atenção com eles: leia-os, releia-os e, para ajudá-lo, grife as passagens importantes. Dessa forma você não se esquecerá de onde estão as ideias centrais e conseguirá manter mais facilmente a sua linha de raciocínio.

3 – Busque palavras-chave
Existem palavras que podem ser aplicadas a uma mesma frase e transmitir ideias diferentes. O professor exemplifica: “em guerras, por exemplo, os verbos ‘ocupar’ e ‘invadir’ podem ser usados, entretanto, perceba que existe uma sutil diferença entre os dois. É essa diferença que ajuda a identificar o posicionamento do autor e saber, por exemplo, se ele é mais conservador ou liberal”, explicou. “Saber identificar isso é entender a intenção oculta do texto, e quem o consegue com editoriais, que teoricamente são parciais, pode fazê-lo com tranquilidade com os demais gêneros que aparecem no Enem”, concluiu o professor Cruz.
 
 
 
Descubra como a análise crítica é cobrada na prova de redação do Enem
Não é novidade que o Enem examina a capacidade do aluno de analisar fatos e informações de acordo com os direitos humanos e apresentar suas opiniões, principalmente na redação. Sua análise crítica, apesar de presente em todo o texto, torna-se aparente quando você sugere uma solução ao problema apresentado na proposta, afinal você deve oferecer alternativas à questão que sejam eficientes e maduras, beneficiando toda a sociedade. Mas como aperfeiçoar essa habilidade?
A análise crítica é fruto da bagagem cultural de cada um, ou seja, tudo o que você estudou, leu, assistiu, ouviu durante toda a sua vida. Por isso, para melhorar sua leitura de mundo, invista seu tempo se envolvendo em atividades culturais, principalmente se você não conhece muito a respeito. Por exemplo, experimente um novo gênero ou um filme de um diretor que você conhece pouco, mas sabe da relevância que ele tem na atualidade. Você pode estar diante de um novo ponto de partida para a análise do seu cotidiano.

E como faço para pensar criticamente durante a prova de redação? Simples! Siga os seguintes passos:
1 – Reconheça o assunto
A proposta de redação está sempre acompanhada de textos para inspirar o candidato.Identifique as ideias principais e responda as seguintes perguntas: Quem? Quando? Onde? O que? Como? Por quê?

2 – Interprete os textos
Entenda sobre o que eles estão tratando, já organizando as principais ideias destes e selecionando os fatos que você pode usar para corroborar sua argumentação.


3 – Aplique seus conhecimentos
A partir destas informações, tente relacionar os conhecimentos que você adquiriu durante toda a sua vida, isto é, use os fatos e princípios do tema com os quais você já cruzou no seu dia-a-dia para refletir sobre qual é sua opinião, pensar em exemplos e resolver o problema apresentado na proposta.

4 – Analise
Para finalizar seu processo de pensamento crítico, faça uma análise do tema. Separe em tópicos as ideias que você desenvolveu até aqui e examine-as de maneira que você possa criar argumentos próprios. Agora, é só escrever o texto.
 
 
 
Entenda como Enem cobra a leitura na redação
Engana-se quem pensa que a prova de redação dos vestibulares cobra apenas a escrita dos estudantes. Segundo a professora Andrea Lanzara do Cursinho da Poli, de São Paulo, a leitura também é avaliada pelos examinadores na hora da correção. Não entendeu como? Ela explica: “temos uma competência na matriz que cobra somente como o aluno leu e compreendeu a proposta de redação, enquanto outra analisa como ele soube trabalhar, relacionar, organizar, estruturar as informações que ele retira da coletânea para defender um ponto de vista”, explica.
Além da leitura que o aluno faz da proposta de redação, tudo o que ele leu durante a sua vida também é observado, pois a bagagem cultural de cada um torna-se evidente na argumentação.

Por isso, a professora sugere que “o aluno pegue livros mais gerais, que façam abordagens históricas sobre os principais filósofos, teóricos, políticos e movimentos artísticos” e aproveite-os para embasar a argumentação e analisar as questões objetivas, já que o Enem trabalha com essa contextualização ao longo de toda a prova.

Outra alternativa para ter contato com esse plano de fundo histórico é a internet, uma vez que ela te concede os principais tópicos daquele movimento filosófico, por exemplo, de uma maneira mais dinâmica e rápida. O único cuidado que você deve ter é acessar apenas sites confiáveis para não cometer erros didáticos no decorrer do seu texto.

Por isso, invista seu tempo em leituras direcionadas para a prova do Enem e anote, inclusive, algumas citações que podem incrementar sua redação. Mais do que aumentar sua bagagem cultural, você melhorará sua habilidade de relacionar diversas áreas do conhecimento, um dos aspectos mais cobrados dos candidatos do Enem.
 
 
 Manual para escrever um bom texto dissertativo-argumentativo

Definição

Em linhas gerais, esta é uma redação opinativa, ou seja, o autor tenta convencer o leitor sobre seu ponto de vista diante de determinado assunto expondo algumas explicações e argumentos ao longo do texto para demonstrar que seu raciocínio tem coerência.

Na maioria das vezes, este texto é formado por quatro ou cinco parágrafos, dos quais dois ou três dedicam-se exclusivamente à argumentação, enquanto o primeiro e o último à introdução e conclusão, respectivamente. Veja como escrevê-los a seguir:


Introdução


O primeiro parágrafo deve envolver o leitor, despertar curiosidade para que ele leia o texto inteiro. Por isso, você deve utilizar maneiras criativas de transmitir as informações necessárias para situar seu leitor do tópico que sua redação tratará. Uma maneira de fazer isto é usar citações de personalidades relevantes, porque assim você demonstra conhecimento prévio sobre o assunto e traz legitimidade ao seu ponto de vista. Contudo, tenha cuidado: a citação é apenas um artifício e não deve ocupar todo o seu parágrafo.

“Toda vez que você vai trabalhar um texto de caráter informativo, como o dissertativo-argumentativo, a primeira coisa que se tem a fazer é mostrar sobre o que vamos falar. A partir disso, o aluno pode pegar um gancho e apresentar sua tese” explica a professora Andrea Lanzara, do Cursinho da Poli, em São Paulo. Além disso, é importante que sua introdução não faça muitos rodeios, para que sua tese fique clara desde o início. Seja objetivo também quando for contextualizá-la, explicando os motivos para que aquele seja um problema de relevância nacional. Você pode fazer isso seguindo o que os jornalistas chamam de lead, isto é, responda de cara as perguntas: “O que? Quando? Como? Onde? Por quê?”


Argumentação


É neste momento que você desenvolve sua tese, ou seja, apresenta fatos consistentes que corroboram seu ponto de vista. No entanto, não acredite no mito “quanto mais informações, melhor”. A verdade é que, para um bom desempenho, o candidato deve saber identificar quais são seus argumentos mais fortes e explorá-los, de maneira que estes promovam uma reflexão no leitor. Selecione os dados a serem adicionados no seu texto seguindo o que a professora sugere: “trabalhe com informações que tenham íntima relação com o tema e que estejam ao mesmo tempo justificando o ponto de vista desse aluno.”

Lembre-se que os parágrafos não são meras partes do texto, sem ligação alguma. Na verdade, é exatamente o oposto. Seus parágrafos, mais do que destrinchar o tema, devem funcionar como uma introdução do seguinte. Portanto, demonstre a conexão entre eles até para se certificar de que seu raciocínio ficará evidente para o seu leitor e de que há uma sequência lógica na sua redação.

Para a professora Andrea, a argumentação pode ser desenvolvida de várias maneiras desde que o raciocínio dedutivo do candidato fique claro ao leitor: “o importante é que ele desenvolva o raciocínio clássico do tipo dissertativo-argumentativo, isto é, que ele apresente a tese na introdução e no desenvolvimento, a argumentação.”


Conclusão


Geralmente, o último parágrafo apresenta um resumo dos pontos desenvolvidos na sua dissertação, como uma espécie de retrospectiva, apresentando os motivos de por que esses argumentos foram vitais no seu texto. Essa é a alternativa mais utilizada, pois dá a impressão de que a redação está completa, além garantir que o leitor tenha compreendido sua tese.

Na prova do Enem, a proposta de redação costuma apresentar um problema para o estudante. Por isso, não se esqueça de que, na sua conclusão, você deve obrigatoriamente sugerir soluções viáveis para resolvê-lo. E lembre-se da dica da professora Andrea Lanzara: “na hora de concluir, o aluno não pode se esquecer da proposta de intervenção social, que respeite os direitos humanos, porque desrespeito a esses direitos anula a proposta de redação”.
 
 
 
Objetividade é uma boa maneira de garantir notas altas na redação do Enem
Quando você está redigindo um texto é comum que seu fluxo de ideias te afaste do tema central da redação e faça com que você escreva mais do que o necessário. E, se você é vestibulando, isso pode significar perder valiosos pontos na avaliação. Por isso, para não ter uma nota ruim no Enem ou vestibular é essencial que você tenha objetividade. Confira algumas recomendações para ajudá-lo a ser sucinto.
1 – Clareza é fundamental
Seu texto deve deixar claro para o leitor, desde o primeiro parágrafo, qual é a sua tese. Mas isso não significa que você deve escrever longas explicações, repletas de informações desnecessárias. Pelo contrário: seja crítico e questione-se, antes mesmo de escrever seu parágrafo, se esse dado é realmente relevante ao tema. E não se esqueça de verificar se ele apresenta alguma relação com o parágrafo anterior.

2 – Nem muito longas, nem muito curtas

É comum perder o sentido das frases quando estas são muito longas ou então escrevê-las muito curtas e, consequentemente, gerar muitas interrupções no ritmo de leitura do texto. Por isso, varie o comprimento das sentenças. Opte por frases curtas quando quiser enfatizar algum tópico e períodos longos quando seu objetivo for ilustrar algum argumento. Mas use períodos longos com moderação, pois fazer rodeios para dizer algo simples só vai desmotivar seu leitor.

3 – Escolha bem as palavras

É comum pensar que escrever palavras rebuscadas fará você parecer mais culto e, consequentemente, renderá uma boa nota. No entanto, isso nem sempre é verdade porque elas podem complicar demais a leitura do seu texto, sem mencionar que, se você não tiver certeza do seu significado, elas podem até enfraquecer sua tese. Para não perder pontos por isso, reflita se a palavra é de fato adequada para o tipo de texto e para a mensagem que você quer passar.

Abreviações também merecem cuidado
, pois, mesmo que seu objetivo seja facilitar seu trabalho, estas podem complicar o do corretor. Se for usá-las, tenha certeza de que seja uma abreviação muito utilizada. Por fim, evite repetições. Use sinônimos ou até corte palavras de mesmo significado se estas aparecerem muito no seu texto. O mesmo vale para a repetição de informações, afinal ser redundante não é nada bom.
 
 
 
O que fazer para escrever bem na redação do Enem 2014

1 – A prática leva a perfeição
Apesar de não ser algo muito divertido para muitos, treinar seus textos é essencial. Segundo a professora de redação Andrea Lanzara, do Cursinho da Poli, o estudante deve praticar pelo menos uma vez por semana e emenda: “O estudante pode e deve praticar as propostas anteriores do Enem, para que ele veja como ele discorre sobre assuntos dos mais variados, que podem ser de ordem cultural social, científica ou política”. Escrever à mão ao invés de digitar é também uma maneira de melhorar sua escrita, afinal você é obrigado a prestar atenção se não está cometendo erros de ortografia e pontuação e sair de vez da comodidade dos corretores automáticos.

2 – Para escrever melhor, leia
Os temas das redações do Enem tradicionalmente abordam fatos que ocorreram naquele ano que sejam de grande relevância, além de ter alguma relação com o universo do estudante, cidadania ou sustentabilidade. Por isso, para que você tenha repertório para discutir esses acontecimentos, esteja sempre informado. “Não existe essa relação mecânica entre leitura e escrita,” afirma a professora Andrea “mas, uma vez que a leitura fornece informatividade, o aluno pode sim diversificar as leituras, como lendo os editoriais dos jornais.” Ler ao menos parte dos editoriais ou então periódicos de edição semanal podem também ser alternativas para não somente ter conhecimento do que acontece no Brasil e no mundo, mas para saber quais são os tópicos que mobilizam a atenção do grande público e, consequentemente, os possíveis temas da prova. Fazendo isso, você poderá articular melhor suas ideias dentro da proposta de redação.

Contudo, ler apenas informativos pode não ser tão prazeroso. Por isso, embarque em leituras que te interessam, mesmo que o autor não seja nenhum Machado de Assis. Dessa maneira, você é capaz de adicionar novos termos ao seu vocabulário, assim como atentar a ortografia das palavras. Contudo, best sellers geralmente trazem muitas marcas da oralidade que você não pode ter na sua redação. Logo, tenha cuidado para não seguir essa tendência.

No entanto, não limite sua biblioteca pessoal a esses livros, afinal é também recomendável ler obras de grandes autores da literatura ou da sociologia. “O aluno tem que diversificar o máximo possível as leituras. Quanto mais variado for o repertório do aluno, melhor para que assim ele consiga aplicar as mais diversas áreas do conhecimento, relacionando-as ao tema proposto”, aconselha a professora. Lendo livros um pouco mais complexos, você se diferenciará dos demais candidatos, sobretudo porque você demonstrará conhecimentos que não se limitam a grade curricular do ensino médio e os corretores querem ver argumentos com certo embasamento teórico. Por isso esse é um bom investimento para incrementar seu texto.

Você deve estar se perguntando: “leio estas obras atentamente ou posso fazer leitura rápida como preparação para a redação?” Segundo a professora de redação, “melhor que ler três livros, é ler um, mas lê-lo atentamente e conseguindo compreender, estabelecer relações, trabalhar os nexos, contextualizar.”

3 – Não abra mão do entretenimento
Provavelmente você não estava esperando por essa terceira dica, mas é verdade. Tudo o que você assiste de filmes e seriados ou o que você ouve de música podem ser maneiras de dar suporte a suas ideias. Sobre isso, a professora Andrea Lanzara ainda acrescenta: “é muito importante que o aluno saiba escolher os seus momentos de lazer. Ele pode ir a um museu, ler um desses livros que estão fora dos indicados, mas aproveitar esses momentos de entretenimento para juntamente com isso aprender”, disse. Porém, lembre-se: use exemplos relevantes. Não adianta citar determinado cantor só para demonstrar seu ótimo gosto musical. Para não correr riscos de errar, o ideal seria mencionar pesquisas e entrevistas, mas se esse trecho de livro confirmar seus argumentos, por que não?
 
 
 
Quer ter um bom desempenho na redação do Enem? Faça um rascunho!
Quando você escreve uma redação, geralmente ela fica cheia de rabiscos, certo? Isso acontece porque, ao longo do texto, você mudou de ideia quanto a esse argumento, escreveu uma palavra errada aqui e ali, separou o sujeito do verbo com vírgula e, por isso, teve que riscar algumas coisas.
É normal passar por isso na hora de redigir um texto, mas entregar uma redação com tantas rasuras pode fazer com que o corretor tenha dificuldades em lê-la, algo que nenhum candidato deseja, porque pode diminuir sua nota. Para evitar essa perda de pontos, antes de escrever seu texto definitivamente na folha pautada, faça um rascunho.

Você deve estar se perguntando: “mas a prova é composta por 90 questões sobre Linguagens e Matemática e a redação. Dá para fazer tudo isso e ainda um rascunho?” É verdade que tempo é um artigo precioso durante a prova, contudo, se você administrá-lo bem, dá tempo sim. Deixando uma hora para redigir sua dissertação e cerca de 3 minutos para cada questão, você conseguirá escrever seu rascunho com calma e ainda passá-lo a limpo.

Ainda não se convenceu? Pois saiba que fazer um esboço ajuda a desenvolver melhor suas ideias, dando a possibilidade de editá-las e melhorá-las.

A professora Andrea Lanzara, do Cursinho da Poli, em São Paulo, vai além. Ela julga essencial que o aluno faça um plano de texto, ou seja, um pré-rascunho, e justifica: “toda vez que você tem que
mostrar uma base argumentativa sobre uma tese é necessário que você planeje como você vai argumentar.”

Desta forma, antes de fazer seu rascunho, coloque na ponta do lápis tudo o que pensou sobre o tema e tente a partir disso criar uma a estrutura para o seu texto. Agrupe ideias semelhantes e organize-as para que seus parágrafos tenham uma sequência lógica e coerente. Para isso, você pode, por exemplo, fazer uma lista, separando introdução, parágrafo 1, parágrafo 2 e conclusão. Abaixo de cada um deles, anotar qual é a mensagem principal e algumas ideias que a apóiem. Pronto, seu esboço foi finalizado.

Depois de organizar seus pensamentos e decidir quais são seus argumentos, mãos à obra. Não se esqueça de que se trata de um texto dissertativo e, por isso, você deve seguir as normas esperadas para esse tipo composição, como não escrever em primeira pessoa do singular.
 
 
 
Terminei minha redação no Enem, o que eu faço?
Depois de tanto tempo escrevendo, você finalmente colocou o último ponto final no seu texto da redação do Enem. Ótimo, certo? Contudo, antes de levantar da sua cadeira e entregar sua prova ao examinador, você tem que fazer uma última coisa: revisar.
Reler seu texto atentamente permite que vocêedite seus argumentos, apagando sentenças que não são tão relevantes para a compreensão do seu ponto de vista e acrescentando ideias que você se esqueceu de incluir. Por isso, neste momento da prova, finja que você é o avaliadorcorrija os erros de português. Além disso, verifique se sua dissertação atende aos requisitos da prova:

1 – Norma culta de língua
: pergunte-se se você seguiu as regras gramaticais e evitou marcas de oralidade, por exemplo. Cometer esses erros podem custar importantes pontos.

2 – Compreensão da proposta
: você seguiu as exigências da redação? Estruturou corretamente seu texto dissertativo? Repare também se você foi original ou se fez uso de clichês.

3 – Argumentação
: reflita se você foi capaz de convencer seu leitor da sua tese e se você selecionou fatos, citações e opiniões adequadas ao tema.

4 – Coesão
: certifique-se de que há harmonia entre os elementos do seu texto e de que você usou os conectivos corretamente.

5 – Solução
: avalie se sua proposta para resolver o problema da prova considerou os direitos humanos e as diversidades culturais. E não se esqueça de verificar se é possível colocá-la em prática.
 
 
 
7 erros que você NÃO DEVE cometer na redação do Enem
O medo de cometer erros na redação do Enem atrapalha muitos estudantes enquanto eles redigem seus textos, afinal a falta de confiança e certeza se estão escrevendo corretamente são grandes empecilhos. Para tentar ajudá-lo, conversamos com a professora de redação Andrea Lanzara do Cursinho da Poli, de São Paulo, e perguntamos quais os erros mais graves que os alunos podem cometer nessa etapa da prova. Confira-os a seguir:
1 – Fugir do tema
“Um erro bastante grave é fugir do tema proposto”, aponta professora. Muitas vezes, isso ocorre porque o aluno não fez uma leitura atenta da proposta e dos textos motivadores, ambos de extrema importância para que o estudante tenha um bom desempenho nessa parte da prova. “Toda redação em vestibular deve ser desenvolvida a partir de um recorte temático e quem faz esse recorte é a proposta de redação”, explicou a professora. Por isso, anote as principais ideias dos textos da coletânea e, ao final,releia seu texto e confira se ele realmente disserta sobre o tema em pauta.
2 – Copiar trechos dos textos motivadores
É comum, quando não se tem conhecimento prévio do tema da redação, copiar trechos dos textos motivadores para incrementar sua redação. Contudo, esse é considerado um erro grave, mesmo se o aluno os utilizar numa citação. “Se o aluno copiar, sua redação não será desclassificada, mas ele vai ter parte do texto completamente desconsiderada. Então, ele perderá na progressão textual”, justificou a professora. Por isso, de maneira nenhuma, copie frases quanto mais parágrafos destes excertos.

3 – Escrever fora das normas do texto dissertativo-argumentativo
“Tem muita gente que desenvolve narração, escreve poema”, exemplifica a professora Andrea. Tradicionalmente, o Enem propõe que o estudante escreva um texto dissertativo-argumentativo, por isso foque seus estudos nisso. E também não é recomendável inserir técnicas de outros tipos textuais, como aliteração, na sua redação. “O aluno tem que saber que ali ele só tem espaço para desenvolver estrutura do tipo dissertativo-argumentativo.”

4 – Desrespeitar os direitos humanos
Os temas propostos pelo Enem geralmente versam sobre problemas de relevância nacional e, por isso, é cobrado do aluno uma solução. No entanto, essa sugestão deve respeitar os direitos de todos, independentemente de raça, credo, gênero, idade, cultura, etc. Por isso, é inaceitável expressar qualquer discurso que fira os direitos humanos. O mesmo vale para argumentos de cunho racista, por exemplo. Andrea Lanzara alerta: “se o aluno desrespeitar os direitos humanos, a redação será anulada.”

5 – Argumentar em um único parágrafo
“A argumentação não pode ser desenvolvida em um único parágrafo. Cada argumento, cada informação deve ser desenvolvida em parágrafos diferentes”, afirma a professora. “Então, se o aluno tem três argumentos para trabalhar, ele vai abrir três parágrafos no desenvolvimento”, exemplificou. Portanto, para evitar esse erro, organize suas ideias no plano de texto já pensando quais informações pertencem a qual parágrafo.

6 – Não seguir a norma culta da língua portuguesa

Segundo Andrea Lanzara, o texto dissertativo requer o uso da norma culta. Por isso, “o aluno não pode misturar termos de oralidade, como “tipo assim”, além de outras gírias e abreviações”, esclareceu a professora.

7 – Usar o senso comum
Clichês e ideias muito batidas não são bem-vindos na sua redação, afinal o examinador quer observar a sua análise pessoal do tema e não ver reproduzido no seu texto o que ele escuta cotidianamente. Para a professora, “tem que fugir mesmo da utilização do senso comum.” Mas, lembre-se: ser original não significa fazer uma análise sem sentido da situação. É simplesmente refletir por si só sobre a questão.
 
 
 
Fonte: Universia Brasil http://www.universia.com.br